29.3.12

Retomar as rédeas dos dias





Prometi a mim mesma que hoje voltava á rotina de ter flores frescas em casa. Apeteciam-me flores brancas. Ultimamente o branco anda entranhado na alma. Havia muita escolha, sobretudo nas de aspeto mais silvestre, que são de longe as minhas preferidas. Mas a verdade é que para além de flores bonitas me apeteciam flores perfumadas. Gosto do doce aroma das rosas, mas como flores não me enchem de todo as medidas. Não há perfume como o dos cravos e receio que a maioria das pessoas não lhes ligue nenhuma. Eu adoro cravos, confesso. São simples, suaves ao toque, têm um aroma que se propaga no ar. Além disso, fazem-me lembrar os frou-frou dos vestidos do séc. XIX e os recortes nas sedas dos modelos vintage. A somar a isto tudo, num assomo de infantilidade, achei que combinavam na perfeição com a minha saia e o saco da Cath Kidston, que veio comigo na última viagem.
Esta manhã, esta borboleta procurava a liberdade na varanda cá de casa. Antes de lhe abreviar a angústia e lhe abrir a janela de par em par, guardei-a com a minha lente. Não é fotomontagem. A coisa é bem mais prosaica: o vidro está sujo de pó e vestígios de chuva pouco molhada e o sol estava na sua direção.
Bem vinda sejas aos meus dias, Primavera!

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