2.2.12

Breve pausa

Faço uma breve pausa na minha momentânea crise existencial, pequena-grande zanga e momento de autocomiseração do dia de ontem [para que não restem dúvidas, as pessoas crescidas, fortes, positivas, lutadoras e serenas também têm destas merdas e dias maus], para sair do casulo e dizer que o facto de, numa fila de trânsito da estupidificante vida da capital, me ter cruzado com alguém que no carro ao lado comunicava em linguagem gestual com outro alguém que, provavelmente, se expressava de igual forma, do outro lado, noutro telemóvel, me fez ganhar o dia. Porquê? Porque tenho há muitos anos uma paixão por esta forma de comunicação. Porque pelo facto de a comunicação fazer parte de uma boa parte de mim e daquilo que me move na vida ainda não desisti de a aprender. Porque é fascinante ver a tecnologia ao serviço da expansão dos limites seja de quem for. Porque me fez sentir que a vida é uma ficção onde toda a realidade pode ser criada. Porque, apesar de poder não representar nada para muita gente, estas são as pequenas singularidades do dia a dia que me fazem encher o peito, sorrir, sacudir o pêlo e continuar o caminho [ainda] com mais vontade. 

8 comentários:

  1. Anónimo2.2.12

    Mái nada :)

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  2. Pior é o trânsito. Belo pormenor. Gostei.

    Resto de boa semana.

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  3. Obrigada, Alexandre. Igualmente!

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  4. é verdade a vida é feita de
    "... pequenas singularidades do dia a dia que me fazem encher o peito, sorrir, sacudir o pêlo e continuar o caminho [ainda] com mais vontade." =)
    http://joa-nices.blogspot.com/

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  5. Quando te li pensei: nem mais.
    E depois vi que a Miss Scarlet tinha pensado o mesmo.

    :)

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  6. E nunca é tarde para aprender ;)

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  7. Estou a adorar ouvir-te (ler) assim. Bj**

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